A União das Freguesias de Arentim e Cunha foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Arentim e Cunha.
Arentim deriva de Argentinim que significa prateado ou de prata. A localidade é delimitada pelos Montes de St.º André e da Bela, de onde se pode colher uma bela panorâmica do Rio Este e da cidade de Braga.
Na junta local existe um pequeno núcleo arqueológico com um capitel coríntico dos tempos romanos, algumas peças de origem moçárabe e dois modilhoes de rolos que são os primeiros aparecidos em Portugal e datados do século X.
A história da Freguesia de Cunha remonta para 1286, esta terra fértil em cereais e em gado, que havia sido doada aos da Cunha pelo Conde D. Henrique, passou para o Padroado Real pelo rei D. Dinis I de Portugal como castigo imposto a Lourenço Gomes da Cunha por este haver causado certos agravos e prejuízos às freiras de Santa Ana de Coimbra, tal como o descreve a ‘Coreografia Portuguesa’ e descrição topográfica do padre António Carvalho da Costa.
Cunha foi doada à câmara de Guimarães pelo Duque de Barcelos, D. Jaime, para lhe varrerem as ruas nove vezes por ano como expiação do castigo imposto aos de Barcelos que se portarem cobardemente na conquista de Ceuta.
Cunha encontra-se na parte sudoeste do concelho, no limite com o vizinho município de Barcelos, num fértil vale que permite a prática de uma agricultura rentável. A dez quilómetros de Braga, confina com Tadim, Ruilhe e Arentim.
O Povoado do Pego representa o povoamento inicial da localidade. Trata-se de uma mancha de ocupação, cujos materiais são na sua maioria difícil datação. Ainda assim, é possível encontrar características da Idade do Bronze e da Idade do Ferro, num reduto defensivo que se prolongou até à Idade Média Cristã.
A Fossa de Frijão, no lugar de Espinheiral, terá sido utilizada como tal (fossa detrítica) durante a Idade do Ferro e o período romano, sem que tenham surgido, no entanto, quaisquer vestígios de ocupação.
Nesse mesmo local, a meia encosta, foram encontrados vários fragmentos de moinhos manuais (moventes e dormentes) provenientes de um antigo povoado da Idade do Ferro. Esse povoado encontra-se numa vertente do monte voltado aos férteis vales de ribeiros tributários do rio Este.
A importância da povoação continuou no período medieval. D. Afonso Henriques incluiu-a numa doação ao arcebispo de Braga em 1128. Recebeu carta de foral em 5 de abril de 1263, era rei D. Afonso III de Portugal. Os Cunhas foram os primeiros donatários da povoação, que assim ficou com o nome dessa família.
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